Vasectomia

Tratamento

Detalhes

Há duas maneiras de se promover o controle de natalidade cirurgicamente: a ligadura das trompas na mulher ou a vasectomia nos homens. A primeira alternativa é muitas vezes realizada já durante a cesariana. Quando o casal não deseja mais filhos e não quer utilizar pílulas anticoncepcionais, DIU, camisinha ou outros métodos contraceptivos a escolha entre as duas cirurgias entra em questão.

A vasectomia é um procedimento muito mais simples e menos agressivo que a ligadura das trompas. É realizada sob anestesia local e dura de 15 a 20 minutos. Apesar disso, muitos homens resistem por desconhecerem as vantagens e por guardarem temores infundados. Confira as respostas para as perguntas apresentadas frequentemente no consultório:

Como é feita a cirurgia?

Após assepsia local, faz-se um botão anestésico na bolsa testicular. Nessa área o ducto deferente é identificado por palpação (ele parece um macarrão “al dente”) e uma incisão de cerca de 5mm é feita na pele. O ducto é exposto e secciona-se um segmento de 1 a 2 centímetros. Os cotos são ligados com fio inabsorvível e cauterizados, voltando para a bolsa. Por fim, a pele é fechada com um ponto e faz-se curativo.

A vasectomia pode diminuir a potência sexual?

Não. Nessa cirurgia é feita a ligadura do ducto que levaria os espermatozóides do testículo ao pênis. A potência sexual é influenciada pela testosterona, hormônio testicular que continua a ser produzido sem qualquer alteração.

O esperma secará após a cirurgia?

Não. Só 5% do volume ejaculado vêm dos testículos. Cerca de 95% são produzidos na próstata e nas vesículas seminais. Portanto, o aspecto do sêmen não muda. Considerando-se que a ejaculação contém de 2 a 5 ml, um volume 5% menor não apresenta diferença perceptível.

Vou engordar após a vasectomia?

Não. Talvez essa dúvida venha da constatação de que gado e felinos castrados engordam. Mas, vasectomia não é castração. O testículo continua funcionante, produzindo seus hormônios normalmente.

Há diminuição do prazer sexual?

Também não. As sensações prazerosas são as mesmas, o orgasmo é o mesmo que antes e a ejaculação, como descrito antes, não muda perceptivelmente.

O que acontece com os espermatozóides?

Por algumas semanas eles continuam a ser produzidos. Como o canal deferente está ligado, não permitindo a saída, há um aumento da pressão nos túbulos internos do testículo (o que pode gerar um leve desconforto). Após um tempo as células produtoras entram em hibernação e a produção pára. Os espermatozóides acumulados são absorvidos. Só se houver reversão da vasectomia, dependendo do tempo em que ficaram latentes, a produção será retomada.

Quais são os riscos?

Pode haver infecção e, para preveni-la, são prescritos antibióticos. Em alguns casos, ocorrem pequenos sangramentos internos, deixando a bolsa testicular um pouco arroxeada. Esses hematomas costumam ser absorvidos sem maiores problemas. A principal complicação seria a recanalização dos ductos deferentes. Segundo estudo da Universidade de Harvard, ela ocorre em 0,25% dos casos ou um em cada 4.000 pacientes operados. É importante manter os métodos anticoncepcionais após a vasectomia até que um novo espermograma (geralmente realizado após 2 meses ou 20 ejaculações) confirme a ausência de espermatozóides.

É preciso repouso?

Apenas relativo. Nos primeiros 2 ou 3 dias a região fica mais sensível e é recomendável evitar-se atividade física ou sexual.

Orientações para solicitação de autorização para vasectomia junto aos convênios

Para obtermos autorização do plano de saúde para a realização da vasectomia, os seguintes passos são necessários:

  1. O termo de consentimento informado, entregue ao final da consulta, deve ser ligo e assinado pelo paciente e sua esposa. É preciso fazer reconhecimento de firma de ambos;
  2. Passados 60 dias do registro do consentimento em cartório, traga à Miletto Urologia e Especialidades os documento abaixo listados. Eles serão enviados ao convênio para análise e o procedimento será agendado assim que for autorizado:
    • Cópia da certidão de casamento ou união estável;
    • cópia da certidão de nascimento dos filhos (se houver);
    • consentimento informado com firma reconhecida do paciente e esposa;
    • termo de aptidão psicológica para vasectomia assinado por psicólogo ou psiquiatra, quando tiver sido solicitado pelo médico assistente;
    • pedido de cirurgia emitido pelo médico.

Preparação para a cirurgia

O jejum de 8 horas é indicado apenas se a vasectomia for realizada sob sedação anestésica. Caso a opção tenha sido pela anestesia local, não é necessário suspender a alimentação.

No dia da cirurgia, em casa, tomar banho e aparar os pêlos da região pubiana e escrotal antes de ir para a clínica. Não é recomendável raspá-los: as microfissuras resultantes aumentam o risco de infecção.

É importante informar previamente o médico caso esteja fazendo uso de medicamentos que interfiram com a coagulação sanguínea como aspirina (AAS), marcoumar, marevan, clopidogrel, entre outros.

Cuidados pós-vasectomia

É necessário sempre um acompanhante para voltar para casa após a cirurgia e o uso de um suspensório escrotal diminui o desconforto. Chegando à residência, recomenda-se colocar uma bolsa de gelo sobre o escroto, protegido por uma toalha, por 15 minutos a cada duas ou três horas prevenindo inchaço e sangramentos. Esta medida não é necessária no dia seguinte e nem o uso de curativos locais. Basta lavar bem a área com água e sabonete, secando cuidadosamente após o banho. Os pontos devem ser retirados na clínica após uma semana. Recomenda-se também esperar 2 semanas para voltar ás atividades físicas (academia de ginástica).

A ejaculação deve ser evitada por uma semana, assim como relações sexuais. Os métodos anticoncepcionais devem ser mantidos até que um novo espermograma confirme o sucesso da vasectomia.

OBSERVAÇÃO: os convênios de saúde usualmente solicitam 10 a 15 dias úteis para autorizarem o procedimento.

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